terça-feira, 28 de abril de 2015

DO TABACO QUE CURAVA AOS CHARROS QUE ENLOUQUECEM…


A propósito de uma investigação de Tiago Reis Marques sobre os atuais efeitos da canábis, lembrei-me de recuar aos tempos em que o tabaco foi introduzido na Europa para curar enchaquecas e depois foi o que se viu: hoje, um cigarro tem tantas substâncias químicas que já ninguém se lembra dos seus dons terapêuticos iniciais!
Assim, a ciência comprovou que, hoje, a erva já nada tem a ver com aquele produto natural que provocava fome e riso e raramente viciava. Hoje a canábis está geneticamente adulterada e contém, em maior ou menor grau, níveis de THC capazes de provocar graves dependências psicológicas (a dependência física sempre a mais fácil de curar!) e, sobretudo, esquizofrenia.
E o pior é que o risco desta substância é desvalorizado, precisamente devido ao mito de que é inócua! Talvez fosse há umas décadas. Mas hoje, antes pelo contrário! Já ultrapassa a heroína! E ninguém explica isto aos jovens!...
Tal como o tabaco potencia o risco de cancro no pulmão, também a canábis, potencia, cinco vezes mais, as doenças mentais. As novas tecnologias relacionadas com a neuroimagem permitiram observar claramente cérebros de consumidores e revelaram, sem qualquer sombra de dúvida, que há diminuição da massa cinzenta, o que provoca detioração do funcionamento cognitivo.
A interrupção do consumo, seguida de psicoterapia (sem necessidade de internamento) pode reverter a situação, mas, nalguns casos, não. Tudo depende do tempo de dependência. Um dos principais sinais de dependência é quando o consumidor já consome isolado no seu quarto e não socialmente e, sobretudo, quando já o faz diariamente ou quase.
Pretendo com este post alertar quem possa ajudar alguém, esclarecendo consumidores e, eventualmente, convencendo-os a iniciarem tratamento enquanto podem. Não é fácil dialogar com eles, eu sei, mas tentem!...


Ler mais:
 http://www.asbeiras.pt/2015/03/tiago-reis-marques-e-o-melhor-jovem-investigador-na-area-da-esquizofrenia/


Sem comentários:

Enviar um comentário