DO TABACO QUE CURAVA AOS CHARROS QUE ENLOUQUECEM…
A propósito de
uma investigação de Tiago Reis Marques sobre os atuais efeitos da canábis,
lembrei-me de recuar aos tempos em que o tabaco foi introduzido na Europa para
curar enchaquecas e depois foi o que se viu: hoje, um cigarro tem tantas
substâncias químicas que já ninguém se lembra dos seus dons terapêuticos
iniciais!
Assim, a
ciência comprovou que, hoje, a erva
já nada tem a ver com aquele produto natural que provocava fome e riso e
raramente viciava. Hoje a canábis está geneticamente adulterada e contém, em
maior ou menor grau, níveis de THC capazes de provocar graves dependências
psicológicas (a dependência física sempre a mais fácil de curar!) e, sobretudo,
esquizofrenia.
E o pior é que
o risco desta substância é desvalorizado, precisamente devido ao mito de que é
inócua! Talvez fosse há umas décadas. Mas hoje, antes pelo contrário! Já
ultrapassa a heroína! E ninguém explica isto aos jovens!...
Tal como o
tabaco potencia o risco de cancro no pulmão, também a canábis, potencia, cinco
vezes mais, as doenças mentais. As novas tecnologias relacionadas com a
neuroimagem permitiram observar claramente cérebros de consumidores e revelaram,
sem qualquer sombra de dúvida, que há diminuição da massa cinzenta, o que
provoca detioração do funcionamento cognitivo.
A interrupção
do consumo, seguida de psicoterapia (sem necessidade de internamento) pode
reverter a situação, mas, nalguns casos, não. Tudo depende do tempo de
dependência. Um dos principais sinais de dependência é quando o consumidor já
consome isolado no seu quarto e não socialmente e, sobretudo, quando já o faz
diariamente ou quase.
Pretendo com este post alertar quem
possa ajudar alguém, esclarecendo consumidores e, eventualmente, convencendo-os
a iniciarem tratamento enquanto podem. Não é fácil dialogar com eles, eu sei,
mas tentem!...
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