O PROJETO MAIA E A MORTE EM EFÍGIE
Tal como um óleo sobre tela no
Museu Rainha Sofia anuncia o fim trágico de Duchamp, mato aqui a imagem, já que
não posso nem devo matar o réu!
Há escolas que estão a assassinar
o projeto MAIA (outras, não!) e passo a elencar os meus motivos:
ü O
pendor classificativo, confundindo avaliar com classificar;
ü O
foco no avaliar/classificar, em vez de usar a avaliação como um meio de
melhorar o ensinar/aprender;
ü O
desprezo total pela riqueza da avaliação informal;
ü O
foco no fabrico de grelhas/instrumentos;
ü A
sobrevalorização do sossegar os Encarregados de Educação, em vez de os envolver
e educar;
ü A
separação entre o Conhecer e o Comunicar, numa perfeita ignorância sobre o conceito
de Competência, traduzido pela doce, mas estreita expressão inglesa de «skills»;
ü O
medo da Supervisão Pedagógica horizontal, como se fosse um bicho papão,
desaproveitando ferramentas que poderiam ajudar a não assassinar o paradigma
avaliativo subjacente ao projeto;
ü O
princípio de Peter, que impede uma boa seleção de recursos humanos.
Assim, um projeto que poderia
funcionar como poderosa alavanca para mudar as práticas está, em certas
escolas, a fazer-nos recuar aos tempos da chamada primeira geração avaliativa,
com as perdas que isso implica, pois já devíamos estar na quarta geração
avaliativa, a da avaliação como um processo socialmente construído.