sexta-feira, 23 de maio de 2014

ELEIÇÕES EUROPEIAS DE 2014

INFELIZMENTE, MAIS UMA OPORTUNIDADE PERDIDA!
E NÃO ME VENHAM DIZER QUE OS CIDADÃOS ESTÃO DESLIGADOS DA PROBLEMÁTICA EUROPEIA PORQUE O PROJETO EUROPEU NÃO INTERESSA!
AS CAMPANHAS ELEITORAIS SÃO PARA QUÊ? OS POLÍTICOS NÃO TÊM OBRIGAÇÃO DE FAZER PEDAGOGIA?
A ÉTICA DA RESPONSABILIDADE NÃO OBRIGARIA A UMA CAMPANHA DIGNA?
QUE SE FEZ DESTA CAMPANHA? QUEM EXPLICOU AO POVO O QUE ESTAVA VERDADEIRAMENTE EM CAUSA?
E OS JORNALISTAS? NÃO DEVERIAM TER EXERCIDO UM PAPEL MAIS RESPONSÁVEL?
TODA A GENTE EMBARCOU NAQUELA VELHA E TONTA IDEIA DE CASTIGAR GOVERNOS!
E SE SE USASSE AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS PORTUGUESAS PARA CASTIGAR OS AUTARCAS? NÃO SERIA ESTÚPIDO? MAS, EM ESCALAS DIFERENTES, É O QUE SE FAZ SEMPRE COM AS ELEIÇÕES EUROPEIAS!
QUEM TEM MEDO DE EXPLICAR AO POVO QUE NO PARLAMENTO EUROPEU NÃO HÁ BANCADAS POR PAÍSES?
QUE GRUPOS POLÍTICOS ESCLARECERAM OS SEUS ELEITORES SOBRE A BANCADA ONDE PRETENDEM SENTAR-SE?
QUEM EXPLICOU QUAIS OS ORGÃOS DA UNIÃO, SUAS ATRIBUIÇÕES E FUNCIONAMENTO? QUEM DISCUTIU O FEDERALISMO? QUEM DEBATEU QUESTÕES EUROPEIAS MESMO?
TÊM MEDO DE QUÊ?!...
VAMOS OUVI-LOS NO DOMINGO À NOITE!...
ANTÓNIO NÓVOA E A EDUCAÇÃO EM PORTUGAL

A jornalista Carolina Freitas entrevistou Sampaio da Nóvoa (JL de 30 de abril a 13 de maio de 2014) e o resultado foi uma excelente conversa sobre educação que nada tem a ver com o tão apregoado e inexistente eduquês. Este exímio pedagogo sublinhou várias ideias que são o oposto do que está na moda dizer. Por exemplo, o otimismo e o pessimismo, o empreendedorismo e a excelência, a corrida aos cursos que dão empregos, etc..
Contrariamente ao que normalmente acontece, este estudioso da Educação não apresenta uma visão catastrofista da realidade (ou não fosse ele da História!) e apresenta os 4 «Es» da atual política educativa em Portugal (se é que ela existe?!) de um modo muito crítico e reflexivo, desconstruindo-os mesmo. Escolha, Excelência, Empregabilidade e Empreendedorismo não são a panaceia ideal e nem sequer culpa as palavras e os conceitos em abstrato, mas a forma como se usa e abusa destes conceitos.
O modo como define o professor (aquele que ensina os alunos que não querem aprender), as referências à Cidade Educadora (por oposição ao conceito de escola transbordante que tão bem definiu na obra EvidenteMente) e a ancoragem no contrato educativo do século XXI (A Educação faz-se em todos os Lugares) fazem desta entrevista um espaço de otimismo e uma pedrada no charco neste clima árido em que caiu o discurso sobre Educação nos últimos tempos.