terça-feira, 28 de outubro de 2014

 SÓ OS GOVERNOS MALTRATAM A EDUCAÇÃO?



Como professora há mais de 30 anos, tenho apreciado a linguagem e o comportamento dos Encarregados de Educação ao longo dos tempos e há uma permanência muito significativa: na hora do insucesso, compram para os seus educandos qualquer serviço, sem olhar à qualidade científica e pedagógiaca e o pior é que, quando os resultados não evoluem como querem, nunca culpam os «curandeiros».
Se tenho um problema jurídico, recorro a um enfermeiro, só por ser barato?
Se tenho um problema de saúde, recorro a um professor?
Se quero construir uma casa, peço a ajuda de um médico?
Não, pois não? Está tudo trocado!...
Então, se tenho um problema com uma disciplina científica, porque será que recorro a um explicador, mesmo formado, especialista em outro ramo, muitas vezes sem qualquer preparação pedagógico-didática?!...
Será que o faço por não compreender o que é um professor? Será que acho que qualquer um pode ser professor? Será que, no íntimo, até acho que desde que alguém tenha um canudo, serve?
Até mesmo sem canudo, não?!
Que autoridade temos, então, para dizer que os governos não investem na educação, se os próprios encarregados de educação a tratam como o parente menor, destinando-lhe a fatia mais magra?
E não pensemos que o professor que tem mais de 30 alunos por turma, metade sem pré-requisitos, tem a obrigação de obter sucesso total. Não sejamos tão idealistas. Enquanto as condições objetivas forem as atuais, os alunos sem bases, terão sempre que recorrer a ajudas extra-aula, mas terão que recorrer à ajuda correta e não à que dá mais jeito!
Pagam a «especialistas» para lhes repetirem o que está no manual e ainda ficam admirados?!

E nem vou falar na economia paralela!...

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