SÓ OS GOVERNOS MALTRATAM A
EDUCAÇÃO?
Como professora há mais de 30
anos, tenho apreciado a linguagem e o comportamento dos Encarregados de
Educação ao longo dos tempos e há uma permanência muito significativa: na hora
do insucesso, compram para os seus educandos qualquer serviço, sem olhar à
qualidade científica e pedagógiaca e o pior é que, quando os resultados não
evoluem como querem, nunca culpam os «curandeiros».
Se tenho um problema jurídico,
recorro a um enfermeiro, só por ser barato?
Se tenho um problema de saúde,
recorro a um professor?
Se quero construir uma casa, peço
a ajuda de um médico?
Não, pois não? Está tudo
trocado!...
Então, se tenho um problema com
uma disciplina científica, porque será que recorro a um explicador, mesmo
formado, especialista em outro ramo, muitas vezes sem qualquer preparação
pedagógico-didática?!...
Será que o faço por não
compreender o que é um professor? Será que acho que qualquer um pode ser
professor? Será que, no íntimo, até acho que desde que alguém tenha um canudo,
serve?
Até mesmo sem canudo, não?!
Que autoridade temos, então, para
dizer que os governos não investem na educação, se os próprios encarregados de
educação a tratam como o parente menor, destinando-lhe a fatia mais magra?
E não pensemos que o professor
que tem mais de 30 alunos por turma, metade sem pré-requisitos, tem a obrigação
de obter sucesso total. Não sejamos tão idealistas. Enquanto as condições
objetivas forem as atuais, os alunos sem bases, terão sempre que recorrer a
ajudas extra-aula, mas terão que recorrer à ajuda correta e não à que dá mais
jeito!
Pagam a «especialistas» para lhes
repetirem o que está no manual e ainda ficam admirados?!
E nem vou falar na economia
paralela!...
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