quarta-feira, 30 de julho de 2014

A CONFAP, OS MANUAIS E A INCOMPREENSÃO DO PRESENTE


A própósito dos bancos de manuais que pululam por aí e cuja ideia surgiu, penso eu, para ajudar os mais necessitados, convém refletirmos um pouco.
A CONFAP já anda a pedir que os manuais se centrem nos conteúdos para facilitar a troca!
 Já há populares a remeterem para o tempo dos livros únicos!
Enfim, a manualização e o apelo ao estudo sem estudo, ou seja, o aluno deve ler, sem sublinhar, sem resolver tarefas, sem fazer setas, sem numerar parágrafos, tudo, de modo a facilitar a futura troca!
E como vão estudar para os exames, se já depositaram os manuais nos 2 anos imediatamente anteriores?
Estamos no século XXI e queremos preparar o cidadão do futuro, um cidadão que reflita, que problematize, que seja empreendedor, que não se limite a vomitar saberes feitos, que saiba usar as novas tecnologias, que saiba transformar a informação em conhecimento.
No entanto, por causa da crise, queremos que os manuais tragam só informação?! Informação que está por aí, ao sabor de um clique!
Um bom manual é o que, sem conter erros informativos, aposta essencialmente nas tarefas, nos desafios que propõe, nos aspetos didáticos…
Como podemos colocar o utilitarismo na base do ato educativo?
Não será empobrecedor apelar a manuais centrados na informação?
Como vamos preparar os alunos para o conhecimento? Dando só informação? Iludindo ainda mais com a ideia de que informação é conhecimento? Desprezando os desafios pedagógicos?

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