Palmela celebra, há décadas, o seu Dia Municipal, precisamente no dia
em que faz anos que D. Manuel I ofereceu o Foral Novo, Foral centralizador.
Além de coincidir com o Dia da Criança, o que ofusca um dia tão
importante, historicamente está errado e toda a gente sabe, ou melhor, os
responsáveis sabem!...
Então, não se muda porquê?
Como docente de História, estou a adorar, pois permite que motive
alunos para o debate e o espírito crítico!
Foi o que aconteceu na última sexta-feira, na turma E do 10ºano, uma
turma que ainda não conseguiu entrar bem no espírito do secundário, ou melhor,
parecia que ainda estava a funcionar à
básico, mas a realidade desmentiu.
Foi lindo de ver!
Cheguei à aula e as mesas estavam colocadas em modo debate.
O Artur e o Jorge assumiam o comando e conduziram a aula com mestria.
Surgiram críticas construtivas, dezenas de propostas alternativas,
quase todos os alunos pediram e usaram, ordeiramente, da palavra e a aula
pareceu curta para tão intensa discussão.
Marcou-se novo debate, desta vez sob o signo da
Multiculturalidade/Interculturalidade, unindo passado e presente, usando o mote
do tema a leccionar, Encontro de Culturas na altura da Expansão Marítima
Europeia e relacionando com a Globalização actual, as Migrações e os problemas
transnacionais daí decorrentes.
Fico a aguardar, na certeza de que as ditas turmas más, seriam
excelentes, caso o dito método da Finlândia (entenda-se, da Escola da Ponte, do
grande José Pacheco, exportado para o Brasil porque esta terra é madrasta para
quem ousa inovar demais!) fosse implementado!...